Cansei de olhares profundos,
De olhos fechados,
Quero palavras sinceras
Para o bem ou para o mal.
Quero o som ou invés do silêncio,
Quero mãos entrelaçadas,
Abraços inteiros,
Sorrisos abertos.
Cansei dessa coisa morna,
Dessa coisa poética sem nome,
Sem comprometimento.
Quero dizer que sou sua,
Inteira.
E quero que diga que é meu,
Inteiro.
Se não quer assim,
Se não se sente assim,
Olhe nos meus olhos e diga para eu ir,
Mande-me embora,
Feche a porta.
Não me ligue mais.
Mas fale alguma coisa,
Olhares são subjetivos demais
Pra quem tem o coração inflamado
E a alma cega.
Mas se me quer assim,
Se gosta de mim,
Não me deixe ir embora,
Segura meus passos,
Embriaga minha alma
Com palavras doces
E gostosas.
Entrelace suas mãos,
Entrelace sua alma!
Despe sua alma do clichê que te prende,
Me mime, me ame, me xingue.
Esteja comigo sempre,
Rindo, chorando, brincando ou sofrendo.
Não espero nada,
Nunca esperei por nada,
Mas me deu uma vontade danada
De ser só sua,
E de saber que você é meu,
Na liberdade plena
Que Deus nos deu.
Só quero suas palavras,
Saber seus sentimentos profundos,
Saber que apesar dos clichês,
Eu encontrei em você minha parte perdida
E que eu sou sua parte perdida.
Podemos tentar pra vê.
Podemos pagar pra vê.
Afinal, já estamos juntos há mais tempo
Do que muito imaginamos...
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Amantes na cama se beijando -Lautrec |