Kellen - 2005

Estou inquieta.
Minha mente me atormenta com resquícios do que um dia eu fui.
as coisas que tomavam o tempo são as mesmas de hoje,
mas com um outro enfoque.
Os poemas do passado são mais sinceros
do que os poemas do presente.
Será que os sentimentos eram mais intensos?
Será que meu destino era aqueles olhos e não os que enxergo hoje?
Tormento...
Mas não é o amor que toma,
nem a paixão...
simplesmente o desejo de deslumbrar a curiosidade de outros lábios
que conheço tão bem...
... mas que estão esquecidos em minha alma.
O amor que tenho hoje é o sentimento mais puro,
o mais lindo e verdeiro que senti até hoje...
mas o desejo... o desejo desenfreado pelo um conhecido pouco explorado
me atormenta!!!
Ô deuses malditos!
Porque me fizeram assim?
Mulher cheia de curiosidades,
cheia de desejos pelo desconhecido?
Passar pelo passado sem sentir nada é a glória
de todo ser humano em busca da novidade,
mas passar pelo passado e sentir na mente,
aquela pontinha de curiosidade em saber como teria sido,
divide as almas.
Malditos poemas bem estruturados!
malditas palavras bonitas que me despertam
o ávido conhecimento pelo desconhecido...
acho que minha alma chorou tanto
que desse encanto não se faz mais.
Mas hoje eu amo tanto!
Mas hoje nem escrevo mais...
todo poeta chora de amores,
e com suas dores, faz os mais belos versos
Hoje não quero versos...
Hoje quero amor,
amor que não via naqueles olhos,
olhos que só via desejo...
e desejo saciado é desejo morto.
Acho que os poemas não me atormentam mais,
a curiosidade não é mais presente,
o passado morreu e ficou enterrado.
A nostalgia reside no encanto daqueles tempos
E não naqueles lábios...
A verdadeira poesia da minha alma
reside nos olhos negros
e na surpresa do cotidiano...
e não em desejos esquecidos pelo tempo
e sepultados nos laguidos olhares dos encontros casuais...
Para curiosos, segue o link: http://fotolog.terra.com.br/kellen_poetisa:1
Kellen 2010
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