Quis ter o seu amor,
para acalmar o meu cotidiano
triste e sem cor.
Você desaparecia como
os velhos fantasmas do guarda-roupa
da infância,
e quando eu já me acostumava...
Eis que você surgia
me enchendo a alma de esperança.
Quis tanto o seu amor,
que acabei matando o meu próprio,
me joguei sem pensar
ao corrente rio dos seus pés.
E você desaparecia com
as desculpas mais bonitas...
O romantismo de suas palavras
[que não eram pra mim]
me encharcavam a alma
e eu ainda sorria e dizia:
"não era bem assim"...
Quis tanto o seu amor,
que sangrei calada,
reli Nerudas e dizia que não,
que não estava apaixonada.
Quis, quis, quis.
Hoje eu tenho.
E meu amor próprio hoje me questiona:
"por quanto tempo?"
Kell Silva
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