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"O diabo desta vida é que entre cem caminhos temos que escolher apenas um, e viver com a nostalgia dos outros noventa e nove." Fernando Sabino

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Uma pausa para a sétima arte

  
Durante o ano de 2013, tive a oportunidade de assistir quatro filmes incríveis, que entraram na minha lista de “melhores filmes pra assistir sempre”. Primeiro quero falar sobre Django Livre. Com a estética própria de Tarantino, o filme simplesmente arrebenta. Confesso que dormi durante o filme, mas não porque ele era ruim e sim porque era tarde e eu não estava no clima. Contudo, quando o vi de verdade, percebi a força daquela narrativa. Pra quem não assistiu, não sabe o que perdeu. Para mim, que gosta de filmes de Western, o filme é um prato cheio, além da narrativa bem costurada. Escrevendo, revejo as cenas finais de Bastardos Inglórios, e automaticamente penso em compará-los. Não há como compará-los, justamente porque lembro a sensação de quando assisti Bastardos no cinema: “poha, isso não aconteceu, mas essa cena é do caralho!!!”. No filme sobre Hitler e Cia. Ltda., a história é manipulada, há aquilo que eu chamo de “licença poética”, contudo é chamado pelos críticos de “suspensão de descrença”. Eu não tive essa suspensão na minha primeira reação com o Bastardos Inglórios, diferente do que aconteceu quando assisti Django Livre. Por isso acho o Western de Tarantino de 2013, um filmaço pra aplaudir de pé no cinema, na sala de casa, em qualquer lugar em que ele esteja sendo exibido. Muito foda.



O segundo filme que eu assisti, nessa seqüência foda de filmes que eu gostei, listo A Viagem. Um filme difícil de compreender e muito longo de se assistir (nada comparado ao Senhor dos Anéis), entretanto, cada minuto sentadinho vale a pena. O tema do filme sempre me chamou atenção: vidas que se cruzam, vida após a morte, reencarnação... Tudo isso com uma pitada daquilo que não curto muito: ficção cientifica. Confesso (mais uma confissão, meu Deus), que  não estava muito empolgada para assistir, fui convencida (e que bom) pelo meu querido e amado companheiro, Guil (Já falei sobre ele no post do futebol). Não temos o mesmo gosto para filmes, contudo, gostamos muito de cinema, e esse elo é forte o suficiente para confiarmos no gosto um do outro. Nem sempre com sucesso, mas sempre na esperança de uma grande sessão. Voltando ao filme, acabei de rever o filme, e me senti mais a vontade em falar sobre ele, e percebi que ele, A Viagem, acabou sendo sim, o filme mais foda do ano de 2013, superando o meu querido amado idolatrado filme Pacific Rim – Círculo de fogo e do fodástico super super Gravidade. O filme dos diretores de Matrix me surpreendeu porque soube tratar com suavidade, beleza e pitadas de humor, um tema que atormenta a humanidade. O conteúdo filosófico/místico/ religioso casaram bem com a ficção cientifica e com a primorosa maquiagem dos personagens. Outro detalhe que gostei, foi a marca de nascença que pertencia aos personagens, como elos que os uniam no tempo e no espaço: um sinal de nascença em forma de cometa que aparecia em várias partes do corpo. Me senti ligada, porque sempre gostei muito do meu sinal no ombro, e sempre pensei que ele era mais que uma “simples manchinha”. Se tenho elos com outros “personagens” desse mundão, ainda não sei, mas o Guil também tem um sinal quase no ombro. Seria um sinal?


O terceiro que assisti e que quase ficou em primeiro lugar, é o MARAVILHOSO PODEROSO INCRÍVEL PACIFIC RIM- CÍRCULO DE FOGO. Porque eu gostei? Porque simplesmente o filme tem robôs gigantes e tem os monstros japoneses que saem da grande fenda do pacífico. Poha gente! É tudo o que a gente curtia na infância! Os Power Rangers lutando contra aqueles bichanos, ou  Evangelion com seus robôs super Mara! Para ficar mais perfeito, o filme tem HISTÓRIA! Não é um Transformers  da vida, que tem a magia dos Autobots, mas que não tem uma história concisa e que faça sentido para dar sentido à narrativa. Guilhermo Del Toro continua figurando entre os meus “diretores queridinhos” e vai continuar por muito tempo, justamente porque ele é FODA. O Cara é foda. E daí que ele tem medo de Anões? Ele fez alguns dos melhores filmes da minha lista, como A espinha do diabo  e o Labirinto do Fauno, além de contribuir com os filmes baseados no livro foda do Tolkien, O Hobbit. SÓ POSSO DIZER UMA COISA: ASSISTAM PACIFIC RIM! Showwwwwwwwwwwwwwwwwwww!


Na lista dos “The Best movie of 2013”, não podia faltar outro diretor de língua latina: Alfonso Cuarón, seu lindo, você arrasou com o Gravidade! Outro filme que EU NÃO TAVA TÃO AFIM DE VER, porque novamente entra aquele gênero que eu não gosto: Ficção. Mas acho que os filmes de ficção que estou vendo estão sendo tão mara, que vou acabar mudando de opinião ou então defendendo a minha premissa de que “não importa o gênero do filme, se ele for bom, ele vai ser bom mesmo (Tá, não faz sentido). Gravidade tem uma estética linda, os atores estão ótimos, e aqui parabéns pra Sandra Bullock, que finalmente se encaixou bem no drama e não é só mais uma mocinha chorona de comédias românticas. Não posso falar muito do filme, aliás de filme nenhum, porque sempre dou spoilers, contudo, posso dizer que depois de assistirem Gravidaade, procurem pelo curta metragem do filho do Cuarón, que dá sequencia a uma das cenas mais emocionantes do filme. É lindo, eu chorei de verdade (novidadeee). O nome do curta é “Aningaaq” e é realmente sensacional. MAS só ASSISTAM depois de GRAVIDADE! PLEASE!

 Ia encerar aqui a lista, mas me lembrei de um filme muito bom, de um diretor foda, mas que pra outros é apenas um diretor que não se preocupa em “preparar” um filme, porque faz dois filmes por ano. Estou falando do Woody Allen e de seu fabuloso (sim, fabuloso) Blue Jasmine. Assisti esse filme no avião que ia de BH para Lisboa e graças a ele, consegui me distrair e perder o medo maldito que tenho de voar. Cate Blanchett simplesmente ARRASA! Que atriz, que ATRIZ!!! Se essa Cate não ganhar o Oscar desse ano, eu juro que será injusto. Ela trás com ela toda a carga de emoção necessária aos filmes de Allen. É como se toda aquela carga emocional que ficou um pouco esquecida pelo diretor em Você vai conhecer o homem dos seus sonhos  e Meia-noite em Paris estivesse de volta. É simplesmente um filme para ver e rever sempre.



Espero que minha listinha ajude. Escolhi os melhores do ano na minha concepção e na forma como eles realmente me tocaram. Gosto de filmes para pensar, gosto de filmes que me tocam e me deixam “fora do ar” por dias, semanas, meses...

Esse, acho, será o último post de 2013. Talvez eu volte para um balanço, mas não garanto.

 

#BjoMestiçagem

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