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"O diabo desta vida é que entre cem caminhos temos que escolher apenas um, e viver com a nostalgia dos outros noventa e nove." Fernando Sabino

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Adélia me salvou.

Sim, a poetisa divinopolitana me salvou.
Salvou minha alma da morte certa, da pandemia da frustração. Me salvou. E eu preciso dizer que Adélia tocou meu coração e falou coisas que eu precisava ouvir. Adélia falou coisas que eu sabia, mas que ultimamente andava negando para mim mesma. Adélia me trouxe de volta ao meu mundo, foi meu antídoto e minha cura permanente!

Eu me emocionei. E as lágrimas desceram de forma lenta, sem a agitação costumeira das lágrimas. Elas expressavam, de forma natural, a emoção da minha alma, que andava quase morta, que estava quase desistindo de todas as coisas belas, boas e gostosas da vida. Adélia foi o presente divino para um corpo moribundo. Moribunda estava, Adélia me curou.

Tocou fundo com suas primeiras palavras: todos buscamos as mesmas respostas. O cientista, o religioso, o artista. Todos buscam a beleza. Todos buscam compreender a vida. E de todos, o artista é aquele que melhor toca a alma, pois consegue fazer com que haja observação. Dos distraídos aos apressados, todos são tocados pela arte. E mesmo aqueles que não são tocados diretamente pela arte, são tocados pelas mesmas perguntas. De onde viemos e para onde vamos. Ciência e Religião e Arte. Todos buscando o sentindo da vida.

A beleza é o sentido da vida. A beleza nos pequenos gestos, nas delicadezas, na observância da natureza e do outro. A compaixão, o amor, a felicidade.O poeta é um abençoado! Se Deus criou os poetas, deixou neles sua melhor parte. A parte da sensibilidade de enxergar na pedra algo que vai além da pedra cascalho no meio do caminho atrapalhando o moço que vem distraído.

A poesia é um sopro de vida. Sem vida não há poesia e sem poesia a vida fica demasiadamente pesada, chata, mesquinha, dura, complexa. Sempre quis ser poeta. Mas a inspiração divina é para poucos. Poucos conseguem traduzir em palavras a beleza, a suntuosidade e a melancolia da vida. Eu me arrisco a colocar no papel, vez ou outra, algumas palavras, alguns vestígios do que eu vejo e sinto. Porque o poema é atemporal e anônimo. O poeta tem que ser capaz de transformar sua alegria e sua dor em sentimento universal. Tem que traduzir para o outro aquele embargo na garganta, aquele alvoroço no estômago.

Adélia me salvou da pandemia do cotidiano das cobranças exageradas. Adélia me trouxe o sorriso de volta, a alegria em olhar para além do que está ali, marcado em uma realidade cinza escuro. Adélia me fez recordar o quanto sou feliz vivendo com minha sensibilidade exacerbada. Só tenho que agradecer a poetisa divinopolitana que fez respiração boca-a-boca em minha alma e me trouxe de volta para a minha realidade.

Me emociono ao lembrar das palavras dela. De sua sinceridade, de sua alma tão linda! Me apaixonei por Adélia! Ela me trouxe de volta! Vocês entendem que ela me trouxe de volta?! Estava tão perdida nesse mundo cinza. Os outros sempre me repreendem por ser sensível demais, brincalhona demais e por cometer todos os dias demasiados pecados capitais. Mas Adélia disse que tudo bem ser assim. Tudo bem ser feliz, tudo bem se emocionar e tudo bem pular na poça d'água e cair na gargalhada.

Andava muito séria, muito, muito, muitooo taciturna. Já ia desistindo daquilo que realmente move minha alma. Mas Adélia apareceu! Adélia anjo, arcanjo, virtude e me deu a mão e secou minhas lágrimas e me alegrou a alma.

Após meu encontro com Adélia, até meu sorriso mudou, minha pele ficou mais bonita e consigo novamente ver poesia onde só via pedra.

Só tenho que agradecer á Adélia Prado.
Nesse deserto de almas, é difícil encontrar o que vale a pena. Encontrei Adélia. Não quero perdê-la.
Não quero perder a beleza da vida, a essência, o amor.
Se Deus existe - e eu sei que ele existe- ele é poeta, é pintor, é artista.
Disso eu desconfiava, agora tenho certeza. Adélia me mostrou que sim. Adélia me mostrou a verdadeira poesia.

Obrigada.




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