Breve histórico...

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"O diabo desta vida é que entre cem caminhos temos que escolher apenas um, e viver com a nostalgia dos outros noventa e nove." Fernando Sabino

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Historinha

Amo-te, meu querido,
não como antes,
bem mais.
Amo-te quando as tempestades se aproximam,
e quando a calmaria domina.
Amo-te bem mais do que imagina,
porque já não há mais como descrever
o que sinto.
Fica pequenininho, sem sentido, clichê.
Você acordou as borboletas.
Por um tempo pensei que você
também as mataria com sua ausência,
com seu silencio...
Foram as borboletas que não me deixaram
deixar-te partir.
Do beijo que me teve inteira,
eu queria provar todos os dias.
A janela fechada, a luz do dia quente,
e nós dois entregues ao encontro.
Mas não havia palavras,
as borboletas se alegravam e morriam.
Era como um banquete para o condenado:
alimentava a alma e cortavam-lhe a cabeça.





quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Madrugada.

Penso no buraco fundo da minha alma.
A gente corre, a gente se mata,
mas nada vale a pena.

Nem o amor.

Porque ele é tão inconstante
como a água que cai do céu,
uma hora benção, outra desastre.

Nem o amor.

Ele me salvou um dia,
no outro me mostrou o quanto
somos frágeis.

Nem o amor protege a gente da gente.
É um buraco fundo,
a gente corre, a gente se mata,

pra nada.

E no fundo a gente sabe,
no fundo a gente sempre soube,
que não valia a pena.

Nunca valeu a pena.

Enganam-se todos,
Enganaram-se todos.
O sonho nunca foi real,

Eu que imaginei demais,
Nem o amor era amor,
Era carência (do outro) demais...

Por isso a demora de palavras tão simples,
de afetos tão generosos,
de uma entrega real.

Nem o amor.

Restam-me as fotos e as lembranças,
aquilo que recorta a alma e que afunda
a gente ainda mais no buraco,

Já não tenho mais medo da solidão,
lido bem com ela,
Antes só, que mal acompanhada.

Sempre dizem que as horas mais escuras
antecedem o amanhecer.
Estou nesse minuto, nessas horas,

Mas hei de vencer,
e reerguer e sorrir
e dizer

Sim ao amor.

Mas não agora,
não nesse minuto.
Quebrou-se o encanto,

A sonhadora acordou.
Mundo real lá vou eu,
Até cair novamente.

E que eu caia certeiramente
em um sorriso mais sorriso
e em um olhar mais sincero.




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