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"O diabo desta vida é que entre cem caminhos temos que escolher apenas um, e viver com a nostalgia dos outros noventa e nove." Fernando Sabino

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Sobre o amor enlaçado

Sempre fui considerada por muitos, como uma pessoa romântica, sonhadora, leve. Muitos dizem isso ainda pra mim, mas confesso, que com o tempo acabei me tornando um pouco mais dura, uso com mais frequência minha armadura e somente em casos raros desabo a chorar (essa parte é mentira) e confesso todos os meus desejos e planos e sonhos.

Acontece que desde junho estou vivendo e compartilhando momentos inesquecíveis pautados na palavra "enlace". Algo que buscamos corriqueiramente em nossas vidas e que em tantos casos nunca se concretiza, se materializou diversas vezes desde junho. Isso, em contar, nas vezes que ocorreu anteriormente e encheu meu coração de uma alegria imensa e uma baita esperança e fé no amor. Esses momentos vividos trouxeram de volta esse meu lado leve de volta, porque? Porque foi tudo lindo, único, feliz!

Começou quando visitei minha best friend forever em Lambari. Lembro-me sempre de nossos planos, conversas doces que ajudavam a gente a enfrentar o cotidiano da universidade. Éramos tão leves, tão felizes, mesmo com todos os problemas do mundo. Parecia que a gente sabia que, no fundo, as coisas tenderiam sempre para o lado mais complicado. Mas isso não vem ao caso agora. O que vem ao caso é o encontro de almas. Não estou falando da minha alma e da alma de Gabi, que esse encontro é tão antigo e amoroso quanto qualquer outro, mas no nosso caso seria o Amor Philos, o da amizade eterna e eu estou a falar do Amor Eros.

Gabi se casou em 2012 com o Gu. São um dos casais que mais amei em apadrinhar. Foi um dos momentos mais lindos, com certeza, da minha vida. Porque a gente sabe, a gente compartilha, a gente admira os amores verdadeiros, essas histórias. E a felicidade que cada momento, desde junho, me trás, é essa beleza do encontro de almas. Ao reencontrar minha amiga Gabi, me senti agraciada também pelo amor. Amor compartilhado, do rotineiro, do companheirismo, da risada solta.

Saí de Lambari e cai em Divinópolis. Rodei mesmo esse mundão de Minas Gerais. Do lar sólido e feliz da Gabriela, cai no primeiro dos belos enlaces de 2015: Marcela e Isaac. A singeleza do amor, da amizade e dos pés que caminham juntos, marcaram essa união, que eu pude fotografar com a maior alegria desse mundo. E foi fotografando que visualizei o que é real, o que é palpável nas relações humanas apaixonadas: respeito, admiração, felicidade em estar e ser.

Os dois já compartilhavam do dia-a-dia antes do enlace, desse ritual de passagem. Acho que foi essa beleza que me encantou ainda mais: a certeza de estar junto, de sorrir junto e chorar também, de ir em frente, colhendo os frutos de dias tão complexos. A felicidade é um estado permanente nos olhos dos amantes reais. Isso é um fato que corrobora minha fé na humanidade, pois pessoas felizes não enchem o saco, pelo contrário, espalham e levam mais amor ao mundo.

E o olhar? Ahhh, essa beleza é espantosamente bela. Belíssima, de fazer chorar de alegria.

De Divinópolis para Goiás. Eita chão. Mais um casamento, mais um ritual de passagem. Não conhecia os noivos tão bem quanto os anteriores, mas isso não foi impedimento para debulhar em lágrimas e naquela sensação boa de saber que a gente sempre esteve certa, que sim, que existem pessoas que se completam que nem feijão com arroz. 

De Goiás, voltamos para o sul de Minas Gerais, Lavras querida.

Dos momentos mais lindos de 2015: ver um casal que eu vi nascer, compartilhei sorrisos, que olhava com admiração, se unir. Na verdade, formalizar. Na verdade comemorar, na verdade compartilhar conosco aquela felicidade única, mil, maravilhosa de ser e estar, de completar, de ser uma alma só.

Dos casais mais bonitos, Ana e Lucas é aquele que eu gosto muito de olhar, que gosto muito de admirar, seguir, comemorar, torcer. Eles possuem uma leveza, uma singeleza no trato do cotidiano, no trato com os outros, que vem com a cota do relacionamento, com o mundo em volta. São pra mim, o casal sorriso, o casal bandido, guloso, sensacional. Palavras faltam, sorrisos sobram.

De Lavras pra Divinópolis. Mais um enlace, mais lágrimas, mais alegria. Esse foi o momento que mais amei em ver os pais, os familiares, os amigos que compartilharam cada pedacinho da jornada. Família é família, e quando ela cresce assim, com o acréscimo dos agregados, o sorriso de ambas as partes enebria a alma e faz com que a fé nos relacionamentos humanos volte.

Eis que então chegou a hora das amigas velhas. Sim, das amigas mais velhas que a Gabriela, daquelas que compartilharam comigo meus piores anos. Sim, não sou saudosista de uma época que não teve nada de bom, apenas a amizade de algumas almas maravilhosas, como a da Vanessa.

Voltei para São João Del Rei para casar minha amiga-velha Vanessa. A minha amiga que sempre sonhou com esse momento. Falar da Vanessa é falar um pouco de mim também, de como nossos planos e sonhos se realizam de forma muito mais bonita do que imaginamos. A Vanessa e o João se completam de uma forma inimaginável pra mim: Ele, atleticano, ela, cruzeirense! hahaha, olha o amor o que é! Talvez para eles, nada disso é impedimento, stress, coisa de discussão. Mas pra mim, essa pequena diferença me faz amar ainda mais esse duo. 

E como ela tava linda, gente! A Vanessa foi uma das noivas mais bonitas que eu já vi na vida. Acho que esse amor enlaçado transforma as pessoas em seres celestiais, em ninfas encantadas, em semideuses prontos para o combate! Esse amor enlaçado pode ser apenas um rito de passagem, mas não deixa de ser encantador, inspirador na verdade!

De São João Del Rei para Juiz de Fora.

JUIZ DE FORA.

Comecei esse texto pensando exclusivamente nesse caso. Comecei esse texto com a felicidade de ter sido agraciada em ser madrinha desse casal. Amiga-velha, amigo-velho, amigos que se foram pra longe, amiga-treta, que é tão como eu, que nem pude stressar de verdade, por saber as consequências, afinal quem estava errada na poha toda era eu. Não podia dar espaço pra voadora na cara. Mas teve voadora na cara. Teve muitaaaaa, só que o amor, esse amor que carrega o mundo, amoleceu o coração da Samira e ela, mesmo distante, mesmo com todo o tempo, me chamou de volta pra perto. E eu fui. Eu fui correndo mesmo. E fiquei feliz mesmo e emocionada e chorei e teve videozinho na memória e coração acelerado e mais fé na humanidade, mais fé nos enlaces, mais fé no amor.

Ver o nervosismo na carinha do Israel, depois de doze anos de relacionamento, esperando a Samira na porta da igreja foi a cena mais linda do ano. Ver a Samira entrando na igreja foi assim, um momento único de quem escrevia poemas inspirada na história deles. Escrever assim é bom. É como se essas palavras ganhassem vida e contemplassem cada rostinho que vi nesse ano de 2015, nesses enlaces, nesses amores, que por certo, hão de ser eternos.

Mas sabe onde se encontra a beleza disso tudo? Na leveza, no sorriso. Não me interessa se brigam, se discutem, se tem dias que um não quer nem ver a cara do outro. Isso faz parte da perfeição. A beleza disso tudo está no olhar. Naquele olhar encantado, emocionado, embasbacado ao ver o outro, o mesmo que se vê todo dia, só que com a certeza que o escolheu pra vida toda. A vida toda pode durar menos que a vida toda, mas esse momento... esse momento vale uma vida toda.

Obrigada, pessoal, por compartilharem comigo esse olhar, esse momento, essa certeza. Certeza que sei bem, todos os dias, em algum momento do dia, todos vocês tem.

Felicidades <3 p="">

Casamento da Gabi em 2012 - Dia Feliz
Eu e Gabi em São Thomé das Letras, junho de 2015

Casamento da Marcela e Isaac, Divinópolis, junho de 2015. 
Vou pegar esse buquê! Divinópolis, 2015.

Casamento Juliana e Íris, Nova Glória, Goiás. Julho de 2015.
Casamento Ana Luisa e Lucas, Lavras, Agosto de 2015.
Essa foto é tão maravilhosa, tão emblemática, que resume tudo: muito amor envolvido. Isso é felicidade!


Casamento Natália e Thiago, Divinópolis, outubro de 2015

Com a minha amiga-velha diva, Vanessa, São João Del Rei, outubro de 2015
Tipo assim, divando maravilhosamente com essa maravilhosa. Sambei. Beijos

Com a minha praguinha diva maravilhosa lacradona Samira! Amiga-velha que quero amiga-sempre! Juiz de Fora, outubro de 2015
Poderosas, rainhas do funk, glamurosas, olhar de diamante. Cruzeiro representado no xique da vestimenta.



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