Breve histórico...

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"O diabo desta vida é que entre cem caminhos temos que escolher apenas um, e viver com a nostalgia dos outros noventa e nove." Fernando Sabino

sábado, 28 de maio de 2011

Ao som de Amélie Poulain

Podes dizer-me, por favor, que caminho devo seguir para sair daqui?
Isso depende muito de para onde queres ir - respondeu o gato.
Preocupa-me pouco aonde ir - disse Alice.
Nesse caso, pouco importa o caminho que sigas - replicou o gato."
Lewis Carroll


Sem rumo, sem parada, pra quer pensar no futuro se o hoje é o que importa?Se o ontem já não existe mais,e os caminhos lhe guiam apenas para o final de seus dias?O que existe no meio é o que fica.Faça valer a pena as paradas, as caminhadas, os hiatos de tristezae as despedidas de saudade.Deixe cair lágrimas de dor, de melancolia, de alegria,grite alto sua felicidade, deixe amolecer a dor,Cada momento é único.desfrute de seu sabor,seja ele doce ou amargo,Não importa mesmo qual o caminho a seguir,porque no final a gente acaba chegando onde deveria chegar,Correr pra que?A gente perde o melhor da paisagem na correia do dia-a-dia.Sonhar é bom, realizar melhor ainda!Não importa qual estrada vai seguir,importa como será seu caminho.Faça amigos, deixe alguns inimigos e tenha grandes amores,morra de paixão, tenha certeza que nunca mais vai viver aquilo que viveu,Cative.Abre os olhos e enxergue além da montanha mais alta...Pode haver outra mais alta ainda,mas o que importa?O caminho é a gente que faz.Quer fugir? Fuja!Mas saiba que em qualquer lugar que esteja,seus problemas vão com você.Resolve-os,vença-os!e depois parta para a linda jornada,caminhe, corra, cante, observe,sinta, sonhe, coma, durma, acorde,A brisa não é a mesma, a nuvem não é a mesma,os amores não são os mesmos.O caminho é esse.Você escolhe o que leva.Se tens um amor, carregue consigo,Pois vai sentir falta do sorriso ou do abraço,se tens uma paixão,esquece.Paixões não duram a viagem de si a si mesmo...mas não fique com medo,Vá!Só assim saberá a diferença entre amar demaise estar apenas inebriado de paixão...
Kell
Pierre August Renoir - Young Woman in a boat

quinta-feira, 26 de maio de 2011

O cão da Historiadora

"Deus prosseguiu com a criação do mundo, e levou consigo seu cachorro
História da Criação segundo o povo Kato

Ando lendo um livro muito interessante: "O cão do filósofo" de Raimond Gaita, filósofo alemão que leciona filosofia moral. Nunca entendi nada de filosofia e nem sei nada, mas esse livro vem demonstrando questões interessantes que a gente não pára pra pensar.

Mas hoje, depois de passado o choque pela perda do meu galinho (sim, eu tinha um galinho de estimação, Luxemburgo), voltei ao livro em busca de uma passagem que muito me chamou a atenção e me deixou pensando em como é verdadeira essa atitude ambígua que temos:

"A filha de um fazendeiro sente enorme ternura por seu carneirinho de estimação e, ao mesmo tempo, come outros carneirinhos sem hesitar; mas isso é somente uma manifestação dramática da contradição de que amamos nossos animais de estimação ao mesmo tempo que comemos animadamente outros animais iguais a eles. Enterramos nossos bichinhos, mas passamos sobre animais mortos na estrada sem o menor estremecimento." (GAITA, Raimond. O cão do filósofo, p.42).

Pura verdade! Enquanto enterrava meu galinho lembrava das palavras de minha mãe: "Não precisa enterrar o galo, pode jogar ele fora, não tem problema."
Não sei se ela falou aquilo pensando na fragilidade minha, de não conseguir cavar um buraco muito fundo para enterrar um corpo de um animal, para que ele não fosse desenterrado por dois cachorros vadios e lindos, como são Marley e Xena, ou se ela falou aquilo porque realmente pensava que não tinha necessidade de enterrar um galo ou uma galinha.

Digo que mesmo morrendo pra conseguir fazer um buraco fundo de sete palmos, eu cavei. Era o mínimo que eu podia fazer pelo Luxemburgo, meu lindo e elegante galinho de peninha do pé. Todo mundo acha graça porque dou nome aos mais estranhos animais. Estranhos porque eles não são considerados inteligentes o bastante para desfrutar da companhia dos homens. 

Quanta ignorância vejo nesse discurso... A gente transfere sentimentos para os bichinhos. Eu posso falar por mim... eu transfiro afeição muito fácil para qualquer animalzinho. Só não transfiro quando o medo é maior que a coragem. É assim com animais mais selvagens e silvestres... Porque meu medo de aproximação é maior, mas ainda admiro... sei que eles sentem alguma coisa... Todos sentem alguma coisa...

O Luxemburgo estava sentindo algumas coisas durante a semana. Ele demonstrou isso pra mim. Mas não demonstrou que iria morrer. Todos os dias comia o que eu dava. Mas não saia do seu cantinho. Deixei quieto. Não sei lidar bem com "dinossauros". Recordo do Chocolate, meu coelhinho selvagem. Outro também que não demonstrou que ia me deixar: Um dia de manhã, quando fui dar um tchauzinho pra ir pra escola, lá estava ele, estirado na gaiola.
Sempre assim, eles vão embora sem se despedir de mim...

Gostava muito do Luxemburgo, apesar do nome ser uma chacota para meus amigos atleticanos, eu gostava dele. Tinha uma afeição por ele, muito maior do que sinto pelas outras galinhas e galo do quintal. Questão quase de afinidade. Tenho medo de ter mais afinidade com animais do que gente. Animais são mais generosos, na maioria das vezes. Gostava muito do Luxemburgo. E depois que o enterrei lembrei da Luna. Da minha cachorra. Essa sim, era um cão de historiador, cheia de manias, rs. E pensei em como eu tinha mais afinidade com ela do que com os outros. Me senti mal com isso.

Senti mal porque tenho ainda no quintal vários animais de estimação, quatro cães e algumas galinhas... mas aquela afeição pela Luna era diferente das que eu sinto hoje. Acho que sinto muita falta da Luna ainda. Aí me perguntam: "Você sente falta de um cachorro? Deixa pra sentir falta de alguém quando for preciso". 

Esse tipo de pergunta me irrita. Você convive com o cão longos 11 anos e não quer sentir saudade quando ele morrer? Eu a vi nascer, eu cuidei dela quando a mãe a largou, eu curei ela diversas vezes quando se machucou, ela compartilhava minhas leituras, meus filmes, meus dias... Que raio de pessoa é você? Não sei. Essas coisas a gente não explica. Filosofia não explica. História não explica. Vida explica. Vivência. 

Dizem que o cão é um pouco do dono e vice-versa. A Luna era minha imagem e semelhança em cão. Sinto saudades dela, porque ela me divertia muito, demonstrando meu lado mais leve. Era com ela que eu brincava e falava. Hoje eu tento brincar e falar com os outros... mas é tão complicado... Mas eu gosto de todos, sentirei saudades de todos, da mesma forma que hoje senti falta do Luxemburgo quando fui vê-los. Mas não é a mesma saudade...

A falta que aquele cão me faz ainda vai ficar guardada por muito tempo... O Luxemburgo foi-se também... meu presentinho foi embora... Agora no quintal só me resta os cães que não me dão o mesmo tipo de afeição que eu antes tinha e as galinhas que me bicam pensando que sou comida...


Mas essa saudade vai passar. Vai ficar só coisas boas do tempo em que compartilhei com ela, como ficaram de todos os meus animais queridos... Só entende o que eu sinto quem tem um amigo que não é humano...

terça-feira, 24 de maio de 2011

Distraída e contando urubus...

Ando perdendo muito tempo pensando em você. Se alguém me vê distraída, contando urubus em céu claro de outono, pode saber, estou pensando em você. Se alguém me perguntar porque não fui em tal lugar, pode saber, esqueci. Esqueci porque não queria fazer outra coisa que não fosse recordar você.
Vou viver essa loucura até o fim da semana, quando meus olhos pararem de buscar os seus que  estão, há muito tempo, além da capacidade deles de enxergar... Não sei porque ainda me pego pensando em você. Na verdade sei. Porque mesmo cercada de coisas e pessoas interessantes, inteligentes, elegantes e lindas, não encontro graça em nenhuma delas pra dizer que pode ser minha. Também não tenho a menor graça de me entregar para um outro, desses que passa despercebido pelas longas e frias madrugadas. Não tenho paciência. Gosto do que eu conheço e conquisto. Se é que eu conquisto alguma coisa...
São seus olhos que me atormentam... sempre os olhos. Quando acordo relembro seus olhos de manhã preguiçosa. Quando me deito, relembro de seus olhos de noite amorosa. De tarde, quando não me deito e trabalho, logo me lembro de seus olhos atentos... São seus olhos que me tiram o sossego... Antes não olhar para eles... mas não resisto... e na verdade, nem quero.
Quantas luas até rever esses olhos... será que depois de outras tantas luas, esse seu olhar ainda vai repousar no meu? Será?  Não quero imaginar e nem pensar, só recordar...
Porque se penso muito, tenho medo. Sim, muito medo de você não mais querer me ver, sei lá... Não somos nada, não temos nada, queria ser alguma coisa, queria ter muita coisa, na verdade queria construir muita coisa com você. Conquistar novos reinos, criar novas imagens, refazer velhos caminhos meus com você e esperar você me chamar para refazer os seus. Ainda quero muito.
O estágio "encantamento" em que estava, passou. De encantada me encontro apaixonada. Nunca tive tantas lágrimas em uma despedida, lágrimas que me pertenciam, só a mim. Não gosto que vejam o quanto sou fraca. Quero a feição dura e boba que me dão, sou mais feliz com essa imagem do que a verdadeira. Me exponho demais quando me apaixono. Fico ainda mais boba, um boba diferente da minha bobagem cotidiana. Meus dramas são mais dramáticos e meu sorriso é melancólico e minhas lágrimas, doces... De um adocicado tão cheio de saudade, que parece chocolate amargo.
Sim, a saudade é doce como um chocolate amargo. Não é 100% doce porque vem acompanhada do salgado das lágrimas que caem involuntariamente. Se eu pudesse não queria ter saudade, deixava o amargo do chocolate para as crianças que não tem noção do tempo, do vento e da distância... Mas não posso. Você  não me deixa escolha. Agora, sempre que eu olhar as borboletas que "saltipicam" e os cachorros que andam sem rumo, vou lembrar de mim longe de você. Perdi meu rumo no dia que vi você sair daquela sala. Perdi meu rumo no dia que te conheci, sem saber quem era, como era e de onde vinha, meu coração se entregou ao seu. E só hoje, depois de tanta tempestade, de tanta andança e tempo é que fui perceber o quanto estou apaixonada por você.
E sim, vou guardar meu chocolate amargo para ser degustado lentamente quando você voltar... se voltar...Espero que volte pra mim...

Longe de Casa...

Penso muito em você. Mesmo longe e no meio de tanta gente interessante, a unica coisa que me lembro é você; em como você também estaria feliz se cá comigo estivesse. Penso sim. Imagino um futuro que nem teve passado, mas imagino e nem tento fugir dessas idéias. Um dia, talvez amanhã ou daqui um mês eu vou te ver. Vou olhar para seus olhos e já sei o que fazer. Ou não sei. Porque apesar de pensar muito em você, nada sei de você. Não sei o que pensa ou se pensa em mim. Isso é apenas um detalhe que muito me irrita. Penso muito em você. Pouca coisa deve ser real... Mas seus olhos me perseguem. SEMPRE OS OLHOS! Já tive paixão fulminante por vários olhos: de mar, de universo, mas como os seus... Nunca tive. Mas...(sempre mas) meus olhos só enxergam esses detalhes, detalhes que deixam a alma desnuda.
Quero que você me invada com seus olhos, que enxergue no fundo de minha janela tudo o que sou e posso ser. Posso ser bem melhor com você dividindo seu caminho comigo.
Engraçado.
Nem te conheço e penso em você, penso em caminhar ao seu lado e fazer de dias ruins apenas hiatos. Tudo o que você me faz sentir é engraçado. Não é amor, mas pode virar, não é paixão, mas já está no limiar de tornar. É um encanto... Nunca estive encantada! Já pensei em muitas coisas sobre o que sinto por você e não consigo entender. Já faz muito tempo que não tenho você, muito mais tempo longe se comparado ao tempo que estive com você, muito menos tempo que meu último longo relacionamento... Aí que digo que é engraçado: em todos os lugares que eu passo, em cada coisa que vejo, em um repente de um segundo, penso que você talvez gostasse de estar comigo aqui.
Mesmo longe, mesmo se eu estivesse realmente longe, em Roma, Paris ou Berlim, mesmo com mil coisas a fazer e pensar, lá no segundo do repente eu ia pensar em você.
E agora penso que eu me ferrei. Mesmo sendo uma pessoa fria e pessimista, por baixo da minha casquinha há esse coração insano que se encantou. Acho que eu preciso buscar uma forma de me desencantar, justamente porque não sei mesmo o que você é de verdade.
O meu encanto se deu no momento primeiro que te vi, aumentou quando lhe tive e aumenta de forma projetada agora que partiu. Essa forma projetada é o que me incomoda. Mesmo meu coração insano gritando que quer você, penso sempre que preciso me ater em outros assuntos, em uma outra pessoa...
Agora sobrou pra você, meu encantador. Mesmo negando, me cativou. Mesmo querendo fugir de mim, eu não vou permitir, justamente porque preciso saber mais de você. porque quero desfazer essa representação projetada e descobrir você de verdade.
Quero o sabor dos seus piores defeitos e o fel de suas mais promíscuas qualidades. Eu te quero comigo, quero caminhar com você, quebrar essa casca e me transformar no melhor que eu sou, porque posso ser melhor com você. 
Quero matar essa saudade que me atormenta, quero sim o seu silêncio e seu abraço.
Hoje penso mais em você, porque queria apenas estar assim, abraçada a você... Apenas isso...



Londrina, 06 de maio de 2011, 09h31min.

domingo, 22 de maio de 2011

Outono...

Já não sei por onde caminhar, nem sei mais se quero continuar a caminhada da forma como andava.


Andava tão atarefada... andava tão vazia... O verão tem efeito contrário em meu coração: devasta. Já o outono me acalma, me coloca nos braços e canta cantigas antigas de amor... Gosto muito do outono. É o anúncio do inverno, período em que meu coração queima como brasa ardente, queima como vela nova em candelabro, queima como um coração apaixonado.

A alma que tem poder sobre a minha novamente me encantou. Devastou meu coração como um tufão castanho. Aqueles olhos... são aqueles olhos o meu tormento. São aqueles olhos que busco e que vou buscar cada dia mais. Quero o sorriso também, quero os pensamentos e as palavras mais puras. Mas ainda é outono e as coisas só florescem após um longo período de inverno para, então, nascerem na primavera.

Quero. É apenas o que sei dizer. Quero muito porque gosto muito. Não adianta tomar cuidado com as palavras. A gente se revela muito mais sem falar... Ainda é outono... e não venta. O inverno não tarda a chegar. E quando ele passar, logo vem a primavera... O florescer muda tudo, muda todas as coisas...

Quero me arriscar, deixar meus cabelos ao vento, quero me entregar de corpo, alma e pensamentos, o outono me deixa pensando... o outono vem me preparando para o longo inverno... tenebroso e necessário inverno. Só quero a primavera quando aqueles olhos, que tem poder sobre mim, revelar o que tanto lhe assombra, o que tanto lhe reprime... Medo não combina muito com o outono. 

Eis que o sentimentalismo voltou.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Isso...




Isso não tem explicação. Acontece. Realmente parecia que não ia acontecer com a gente... Mas aconteceu com a gente...

Nenhum drama, apenas a realidade. Um dia, o amor chegou, fez seu ninho, acalentou meu coração, tiveram lindos passarinhos azuis e eles voaram. Não podiam ficar no lindo ninho, porque haviam crescido de tal maneira, que ali já não cabia os dois. O ninho fez sua parte, alimentou os dois, com carinho, respeito, amor, muito amor. Mas os dois lindos passarinhos já não cabiam ali. Assim, antes do ninho desmanchar com vento e com as mexidas dos dois, os passarinhos resolveram voar e deixar intacto aquele ninho tão lindo, cheio de amor. Agora os dois seguem seus caminhos, cada qual para um lado. O amor não acabou, ele apenas se transformou em algo tão bonito quanto. Virou um laço que podemos quase chamar de eterno. Esse laço fica, querendo ou não, para sempre, porque nós não conseguimos ainda inventar uma forma de apagar lembranças, tanto boas quanto ruins. E assim, os passarinhos buscam novos rumos, não mais juntos, mas vão para sempre lembrar do ninho construído. Ele ficou para trás, porque todos mudam. Isso não tem explicação, é a vida.
E o amor também muda. Seja qual for a forma de amor... o dos passarinhos, creio eu, virou uma linda amizade. Cada qual seguindo seu rumo, sem nenhuma mágoa, tristeza ou rancor.

Não consigo mais responder perguntas cretinas. Não consigo mais compartilhar as mesmas respostas. Pessoas que eu gosto, eu relevo e até formulo melhor minhas respostas. Pessoas que não sabem nada de mim tem a resposta que merece.
Tem certas coisas que não tem explicação, simplesmente acontece: um tombo, um presente, uma perda, uma dor repentina, uma decepção, uma paixão. Essas coisas não avisam "Tô chegando". Chegam chegando. O fim também é assim, e o fim só é assim porque a gente não gosta de ver que ele chegou. Ao contrário de outras fatalidades...
Um romance acabou. Claro que chorei, claro que me entristeci, afinal, foram quantos anos? Quanto tempo compartilhado? Uma vida ali. E ai, você se dá conta que já não caminham mais juntos, que o eterno que um acreditava era o desdém do outro. É complexo, é dolorido, morre um pedaço seu. Apenas um pedaço, você continua vivo e ainda bem que continua vivo.
Isso acontece, infelizmente acontece. Talvez era a pessoa errada... porque a errada? Porque agora já não é mais a certa? Em um momento foi a pessoa certa, a pessoa que passaria a eternidade de meus dias, mas algo saiu errado. O plano não deu certo. Mas valeu a pena?! Claro que sim!
Todo amor vale a pena! E aprendi e ensinei tanto, cresci e retrocedi também... É bom compartilhar vidas, é ruim sim, quando se rompe, ainda pior quando se rompe com raiva, rancor e desrespeito... pior. Mas creiam, muito pior é não amar... Muito pior é passar pela vida e não ter tido um pinquinho de amor pra contar, mesmo os ditos "amores errados".
O caminho é feito de mil caminhos. Escolhemos um aqui, que pode demorar a cair no principal novamente, mas ele sempre te leva de volta. E você deixa tanta coisa para trás... E você agrega tantas coisas...Até encontrar o caminho certo, que te leve para o final...
Mas esse caminho certo é o derradeiro, é o que te encaminha para o úlimo dia de sua vida... e aí?
Imagina se você não escolheu nenhum atalho, imagina se você não se arriscou em uma paradinha maior na estrada, imagina! O fim do caminho chega e você nada sentiu, nada fez, nada viveu.
Porque amar e amar verdadeiramente faz com que a gente se sinta verdadeiramente vivo. Por isso digo que quando um amor termina leva com ele um pedaço da gente. Leva sim, um pedaço que causa dor na parte viva, porque essa parte quer ainda e quer muito voltar a viver. A dor vai passar. A dor sempre passa. A gente não esquece, é verdade, a gente não esquece o que faz doer, mas a dor a gente esquece. E quando vê, um dia você acorda e a dor já não existe. Você se lembra do que a causou e procura a dor, mas não a encontra... Vivendo a gente vai... Um dia a gente encontra de novo um amor, se enrosca e se estrepa de novo.
Quantos amores até o verdadeiro? Quantos amores até o fim?
Isso já não sei dizer...

E sim, ainda acredito em finais felizes... Ainda acredito na eternidade... Mas não me venha falar disso agora. Minha racionalidade ainda impera sobre a minha sensibilidade exacerbada. Olho no ascendente, porque é ele o causador de toda o meu romantismo ultrapassado há dois séculos...

domingo, 15 de maio de 2011

Despedida.

"Não sou muito boa com sentimentos. Nunca fui. Me engano facilmente, caio em armadilhas feitas pelo meu coração, sobretudo as que são armadas pela minha racionalidade tão visceral. Não gosto de ser assim, preciso aprender a não pensar e agir. Preciso também aprender a pensar e não agir. Como assim? Já disse que não sou muito boa com essa coisa. Me engano facilmente. Quantas vezes acordei e me olhei no espelho e disse: Você está errada, Eleanor. Você não sabe de nada. Realmente, não sei de nada e não tenho muita vontade de saber.
Gosto dos meus erros de principiante, gosto mesmo. Sou louca? Acho que sim, porque gosto simplesmente do gostinho salgado de minhas lágrimas e do doce mel do meu sorriso, e quando as duas coisas acontecem ao mesmo tempo, me encontro em estado de graça.
Estranha moça. Quantas vezes já me disseram isso? Acho que agora eu tenho que pagar meus pecados por ter sido assim, meio racional com inúmeras pessoas. Mas acho que tenho meu lugarzinho ao sol justamente porque eu também soube cativar meus pares. Poucos, sei, mas fiéis.
Não sou boa com sentimentos. Minha razão não me deixa escolha, ou é ou não é. Odeio joguinhos sentimentais, odeio porque não sei jogar. Odeio essa minha racionalidade fria. Mas que muito me salva. Odeio o que me salva, por mim, me jogaria um milhão de vezes nas asas das lindas borboletas azuis, e se elas queimassem, cairia no infinito... Morreria? Talvez sim, talvez não... Sobreviveria? Com certeza.
Mas não consigo... cada passo pra frente, volto dois. Já perdi o que me encantava simplesmente por algumas palavras. Não sei se a culpa é o do tempo, da distância, do vento ou da memória, entretanto eu sei que algo se perdeu em mim e quando isso acontece... tenho receio do que posso chamar de fim.
Estranha moça... já me disseram. Estranha porque não fala e quando fala, fala demais. Estranha porque não demonstra sentimentalismo, e quando demonstra, é a ultra romântica do século XIX. Estranha apenas por ser uma parte que não queria ter em mim. Sou o paradoxo perfeito do claro e escuro, da razão e da sensibilidade. O equilibrio é minha busca, pois sempre tendo a cair para um dos lados...

Hoje sei que acordei caída do lado racional. Aprenda comigo, lado emocional: Sentimentalismo exacerbado ficou há dois séculos para trás...
Busque sim, novos ares, novos amores e novos engenhos.
Mas páre de se arriscar tanto assim, porque a minha racionalidade não tolera mais sua emoção gritando e gritando. É hora de alguém assumir o controle.

Adeus Eleanor, você fica aqui guardadinha. A Kellen voltou."

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Supertições

"Superstição é a crença sobre relações de causa e efeito que não se adequam à lógica formal, ou seja, são contrárias à racionalidade"


Sim! Eu sou superticiosa ao extremo! E quando o assunto é futebol... nem se fala! Não assisto clássicos - Cruzeiro x Atlético porque dá azar. Sim, eu carrego comigo esse problema! Não posso mesmo assistir, sempre dá errado. Além também, do meu coração não aguentar a pressão! Porque é muita pressão.
Hoje vou escrever um textinho pequeno, porque tenho um chicote fervendo atrás de mim, então lá vamos nós:

CALMA, QUE O CRUZEIRO TEM MAIS DE 50% DE CHANCE DE SER CAMPEÃO. É SÓ GANHAR DO ATLÉTICO POR UM PLACAR MAGRO, DIGAMOS 1 X 0 (Q É POUCO, DIGA-SE DE PASSAGEM, EM CLÁSSICOS) E PRONTO, CAMPEÕES!!!!!

Sabe porque tenho isso? Porque o Montillo, que é o melhor camisa 10 desde o meu saudoso Alex, Talento Azul, foi expulso no último jogo. E quando a torcida Arco-íris comemorava, não aguentei e gargalhei... RUÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁ. Ainda bem que ele foi expulso!

Ainda bem?
CLaro!
Pensa comigo:
O Montillo jogou três clássicos. O Cruzeiro não vence o Atlético há três clássicos. Quem tá com zica? O MONTILLO!

Então, quero ver, quero ver mesmo domingo o jogo, ou melhor, escutar o jogo pelos gritos do meu pai, porque ver eu não vejo dá azar, quero ver o Cruzeiro trucidar, atropelar, acabar com o Atlético, porque virou obrigação ganhar esse jogo. Não sou vingativa, mas quero ver sangue, suor e raça, quero ver meu time jogando pra ganhar! Já perdeu pro Once Caldas porque achou que já tava ganho.

Montillo, vc é mara, mas tá zicado. Torce que ajuda mais nesse jogo!!!!

ACELERAAAAAAAAAAAAAAAAA CINCO ESTRELASSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS!

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