Breve histórico...

Minha foto
"O diabo desta vida é que entre cem caminhos temos que escolher apenas um, e viver com a nostalgia dos outros noventa e nove." Fernando Sabino

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Meus personagens favoritos!


Sou daquelas que se envolve com os personagens de filmes, desenhos, seriados, livros... me torno íntima deles, me sinto atraída por eles e eles se tornam uma parte de mim! Muitas vezes me enxergo no personagem, me vejo ali, outras tantas penso: "porque esse daí não existe aqui". Aqui no meu mundo real.



Personagens de ficção são de ficção. Não adianta eu querer juntar as caracteristicas distintas daqueles favoritos em um. Impossível. E isso torna a vida ainda mais pesarosa, porque você não encontra o imaginário... ou torna a vida mais leve, por saber que contos de fadas as vezes são só contos de fadas...


Selecionei alguns dos meus favoritos. Alguns que me marcaram de forma profunda e densa, que mesmo eu esquecendo o enredo, eles ficaram. Silenciosamente me perseguem e eu gosto deles. Não quero deixá-los. Vou agregando outros... e assim será!





Raposa e Pequeno Príncipe: Clássico da minha vida! Minha admiração pela raposinha nasceu quando li pela primeira vez "O pequeno Príncipe". E não pensem que me identifiquei com a raposinha por causa da raposa do Cruzeiro. Também, mas não só. Quem não se emociona com os ensinamentos da raposa sobre amizade? Eternamente levo a máxima "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas". Nunca mais me esqueci dessa frase tão simples e tão verdadeira. A raposa me conquistou de forma definitiva desde quando eu tinha meus tenros 12 anos... (q saudade...)





Sailormoon: Sim!!! Sou do tempo áureo dos desenhos japoneses! De Sailormoon, de Cavaleiros do Zodíaco, de Yuyu Hakusho!!! AMAVA! Mais nenhum desses me causava tanto alvoroço como "Sailormoon"! E hoje, depois de tanto tempo, acho que sei porquê: menininhas conquistando super poderes é mara! Mas vai além disso... a heroína principal era uma pamonha danada!!! Fazia tudo errado, era burrona, engraçada, dorminhoca... e princesa!!! Ninguém dava nada por ela e a menina era "A princesa" que todo mundo procurava!! Eu morria de rir!!! Lógico!!! Mas não me identificava com ela não. Serena era loira e eu morena, nada a ver, além de ser do signo de câncer... rs. Me identifiquei com o oposto dela! Com a Setsuna Meiho. Sim... a Sailorplutao, a última a surgir, a mais distante de todas e a mais preocupada. Todo mundo tem um lado descontraído, né, "meio Serena", eu tinha meu lado "plutão": fria, desdenhosa e muitas vezes brutal. Ainda sou. Aliás, a Setsuna não é de capricórnio... pra vocês verem como ainda posso ser pior que ela, rs.


Três Homens em Conflito: O cowboy mais charmoso de todos os tempos foi o Clint Eastwood! Charmoso, bom de briga e com carinha de mau ele chegou e me levou para o mundo do "bang bang"! Papi teve densa influência sobre esse quesito, mas não me esqueço de "Blondi", o bonitão de Três Homens em Conflito. O jeitão dele vai marcar outros personagens que gosto: o olhar profundo, o foco no que quer... Mas tem aquele lado dele, de anti-herói que me fascina: é cínico no ponto e quase não fala, faz.







Não se mova: Saltamos. Optei por esse filme europeu para deixar claro a minha admiração também pela linda atriz Penélpe Cruz. Me apaixonei por ela justamente por causa desse filme. Seu personagem, Itália, me comoveu tanto! "Não se mova", assim como "Porque choram os homens", é um filme que preciso rever, pois essa mulher, Itália, me deixou pensativa por vários meses... me deixou pensativa por entender que quando há sentimento, barreiras podem ser vencidas, basta apenas querer... mas nem sempre a vida é tão fácil... Isso ficou pra mim desse lindo personagem e desse filme tão suave quanto brutal.


Porque choram os homens: Esse filme é pra mim, um dos melhores que o meu querido e lindo Johnny Deep protagonizou. Com um charme típico dos homens que montam a cavalo - isso pra mim - ele entra em cena como um cigano, César. Encantador e apaixonante, meu personagem se apaixona perdidamente por Suzi. Gosto muito desse filme, ainda mais pelo título sugestivo e pela cena que deu origem ao nome. Mas voltemos a César, meu persongem de Depp favorito, porque ele é sério, encantador, charmoso e romântico. Ele chora ao se ver separado de seu amor. Quantas vezes podemos dizer que os homens choram? Poucas. E o filme tem todo aquele clima da 2ª guerra mundial, a beleza dos ciganos, a magia do teatro e da dança e César tem seu lindo cavalo branco, metáfora para um príncipe. Metáfora pra mim, do príncipe perfeito, em seu silêncio e nas suas atitudes. Esse personagem marcou minha admiração por Depp. Agora "terei" q assitir Piratas do Caribe pra desfrutar da atuação dos meus favoritos: Cruz e ele...



O fantasma da ópera: Meu musical mais querido! Adoro as cores, as músicas, o clima... tudo!!! Massss aquele que personagem que me deixou pensativa e me deixa até hoje, quando assito pela milésima vez o filme é justamente o fantasma!!! Aquele solitário ser que vivia nos confins do teatro e que cantava como um anjo e era como um demônio. A ambiguidade dele me comoveu muito e pensava porque diabos uma deformidadezinha no rosto do fantasma causava tanta repugnância as pessoas... Se ele era lindo!! Sim, eu sempre torci pelo fantasma! Vê, aquele Christine burra preferiu aquele loiro ao invés dele! Choquei. Mas entendi o lado da bonitinha. Amor é diferente da paixão fulminante que ela sentia pelo fantasma. Ahh, mas se pudesse unir os dois em um só... eu não ia querer, preferia o fantasma. Me comovi com ele? Claro! A cena em que a Christine tira a máscara dele me deixou irada! Eu me esquecia que ele era o cara mal e ela a mocinha, pra mim ela agiu como uma vadia. Rs. Tudo pela simpatia dos personagens... O Gerard Butler soube trazer divinamente bem a áurea do fantasma para a cena. Esse fantasma , cantando sua história e demonstrando que faria tudo pela chatinha da Christine é que me deixou pensativa. Quantas vezes a gente faz mil coisas para pessoas que são como ela? Que já tem um coração compartilhado, mas não abre mão de "curtir" as peripécias da paixão?




Orgulho e Preconceito: O top dos tops! Sr. Darcy!!! Esse ganha disparado do charme cigano e do temperamento conquistador do fantasma! É na timidez e nas ações escondidas, que esse personagem ganhou minha afeição e ocupa o topo dos personagens masculinos na minha listinha. Confesso que quando o conheci, nas primeiras cenas do filme, o achei um idiota, um antipático, um grosso. Mas depois descobri que tudo isso era devido a sua extrema timidez e que por debaixo da carcaça dura havia um coração lindo e apaixonante!!! Tudo o que ele faz pela Elizabeth é lindo! Ainda mais naquela sociedade de Jane Austen. Nunca li Jane Austen e sei que isso é uma vergonha. Imagino que o Sr. Darcy do livro seja como o do filme, mas muito melhor. Livros são sempre melhores, porque você tem mais tempo, mais detalhes, conhece a fundo o personagem. Esse Sr. Darcy é meu personagem favorito! E sim, podem me chamar do que quiserem, mas esse daí eu roubava pra mim e colocava num potinho!

Continuando em "Orgulho e Preconceito", meu segundo personagem favorito é ela, Elizabeth Bennet, a heroína da história! Me simpatizo também muito pela Keira! Ela é ótima em personagens assim, de época. E ela me conquistou como Elizabeth. Orgulhosa. O orgulho dela, o preconceito dele, do Sr. Darcy, é a tensão do filme. Me simpatizei de cara com ela, buscando sempre a felicidade primeiro, daqueles que ela ama, depois a dela. Esse altruísmo é lindo, mas péssimo também, sobretudo pra quem está doando e não recebendo nada. Mas a força da jovem e as suas convicções fizeram dela o meu segundo personagem favorito, perdendo apenas para a Claire, mas mesmo em "épocas diferentes", as duas possuem características semelhantes e isso também me encanta, pois consigo enxergar em mim também algumas delas, de forma bem clara o orgulho besta que me segue, igual ao de Liz. Ela teve um final feliz, espero que o meu também seja...





The Tudors: Simm!!! Ana Bolena! Essa daí é da pá virada! Acordou com vontade de ser rainha da Inglaterra e foi. Tô falando do personagem da Natalie Dormer em "The Tudors". Curti demais a carinha de santa, o jeitinho sedutor que deixava o mulherengo do Henrique de quatro. Pra mim, a melhor de todas. Atitude, força, loucura e fragilidade. Bolena conseguiu mostrar que quando uma mulher quer alguma coisa, ela consegue. Usando de todos os artifícios que lhe são próprios, ela chegou lá. Claro que a gente não sabe se foi assim né gente... rs... mas que essa Bolena é pra mim, ótima. Gosto dela, me simpatizo por ela, simplesmente porque ela quis e chegou lá, mas pagou um preço alto pelas suas conquistas: Perdeu a cabeça. Assim, fica a dica: Conquiste também seus inimigos, ou então corte antes suas cabeças, rs.




Tudo acontece em Elizabethtown: Meu personagem favorito feminino é ela: Claire Coburn! Ela é tudo o que eu gostaria de ser: positivamente alegre! Sou o contrario, extremamente negativa e um pouco alegre. Mas quando vi esse filme pela primeira vez, enxerguei a Claire na Kellen. Pessoas substitutas, mais uma vez atuando com benevolência na vida das pessoas, se esquecendo da própria. A segunda parte da frase descobri tem pouco tempo, mas a parte de ver a vida sempre por um bom prisma me incomodou muito na Claire, e ao mesmo tempo me deixou uma grande expectativa, pois em muito ela se parece comigo... como pode? Não sei. Acho que essa coisa de pensar algo e dizer outro me persegue. Seja negativo, porque se algo bom acontecer, ótimo, se não acontecer, ótimo também, você já está preparado para o pior. Mas a Claire não. Ela é sempre alto astral, sorrisão e mesmo estando ferrada, ela sabe que vai melhorar. EU penso que vai só piorar. Claire é minha favorita! Comunicativa, alegre, simpática... gosto dela. Me enxergo nela em alguns pontos, não no positivismo exagerado, nele não, mas sim, me enxergo nela em algumas ações. Atitude e palavras. Essa daí é mara!


Somos o sonho que temos, somos a realidade que construímos... isso é fato!

quarta-feira, 27 de abril de 2011

"Preciso sim, preciso tanto. Alguém que aceite tanto meus sonos demorados quanto minhas insônias insuportáveis." - Caio F. Abreu

Hoje vou escrever pensando em uma agradável conversa que tive hoje a tardinha em um café sanjoanense...

Engraçado como são as coisas. Hoje, minha florzinha me perguntou: "Como Kell? Como resistiu assim, tanto tempo?"

Não resisti, me joguei nas asas do tempo e me deixei levar. Não lutei por mim, quis proteger um outro alguém que eu achava que me queria bem, apenas isso. Quanto tempo durou? Não sei, sei apenas que durou muito, muito, muito tempo e me endureceu um pouco. Fiquei mais insensível, piadista e anti-romântica (logo eu, que sou uma das poucas capricornianas românticas que vagam na terra... Acho que é meu ascendente em algum desses signos sentimentais...)!

E agora me pergunto: "Como Kell?"

Como se deixou levar pelas asas de um tempo em você não era você, onde palavras ditas em "momentos de euforia" nunca mais eram ditas? Como aconteceu isso, Kell? Porque fez isso com você?
Nem sei.
Ou sei.
Eu sempre tive aquilo chamado medo. Medo de ficar sozinha, medo de ser triste, medo de deixar sozinho, medo de fazer triste, medo de magoar o outro. Sempre penso no outro... mesmo sabendo que todo mundo é mau, mas que pode ser bom (e não que todo mundo é bom e pode ser mau, todo mundo é mau mesmo!)... Bobinha Kell... sempre bobinha né.

Mas eu não sou a única nesse barco furado. Minha companhia de hoje a tarde é "que nem eu": sonhadora, inconstante, ambígua, nervosa, tensa e desequilibrada. Tudo bem que esses adjetivos tem mais a ver comigo do que com ela, mas tudo bem. Não vou falar muito para não revelar a identidade, rs.
Mesmo depois de tantas perguntas que eu não conseguia responder, ainda tentava me justificar dizendo que eu simplesmente não conseguia. Mas porquê não conseguia me livrar de grilhões assim?
Porquê eu me sentia responsável pelo o outro. Parecia que tudo havia sido construído em cima de mim, eu que carregava tudo... Sobre mim descia o peso do mundo. Estava acorrentada, como Prometeu, com um abutre comendo meu fígado. Só que o fígado regenera mais fácil, muito mais fácil que o coração...





O coração tem o tempo que é só dele para se regenerar. O meu havia morrido há muito tempo e o que fazia era apenas observar o tempo e o vento, deixando a alma largada pra lá. Não tinha esperança de mais nada, apenas caminhava sem inspiração. Muitas vezes me pergutavam: "Te faço triste?" Não, não fazia. Quem poderia me fazer triste se não eu mesma?
Fui muito covarde, fui muito fria, fui muito passiva, fui.
Hoje já não consigo ser. Deixo de lado minha armadura e mostro meu lado mais frágil, encaro agora de peito aberto. A vida é muito curta pra gente ir "levando", pra gente deixar a alma se arrastando, pra gente querer fazer apenas um dos lados sorrir. Os dois lados precisam sorrir.
E eu descobri isso em uma chuvosa tarde de dezembro, quando já não tinha nem um pingo de esperança no coração. Lá se foi meu olhar penoso, cansado e triste vagando, vagando, até que viu uma nuvenzinha passando... meu olhar seguiu a nuvenzinha até onde não mais podia, e aquele coração morto, quase enterrado, sentiu uma levíssima palpitação. No fundo sabia que ele não estava morto.



Mas mesmo assim, deixei ele trancafiado em seu mausóleu durante tempos, onde apenas pela pequena gretinha entrava um mísero raio de sol que o aquecia lenta e gradualmente. Foi assim que consegui me livrar do abutre que me dilacerava. O abutre era minha mente corrosiva que me guiava para caminhos errados, que me tornava insensível e terrivelmente triste, fazendo todo mundo ao meu redor pior, e não fazendo o bem, como achava que fazia.
Libertei minha alma e ela conseguiu, enfim, abrir as portas daquele maldito mausóleu e trazer para fora meu coração tão morto e fadigado. O susto foi grande quando me deparei com um coração inteiro, vistoso, pronto para se jogar novamente nas asas de uma borboleta em chamas.

Me assustei!
Como, se eu o havia enterrado? Não percebi, no meu martírio cotidiano, os míseros raios de sol que entravam pela gretinha da porta do gélido local.



Quando minha alma tocou meu coração, aquilo tudo o que eu era, voltou: a inspiração, a vontade de se jogar e voar, a vontade de ter o coração queimando e o estômago revirando e os olhos se contorcendo, e as mãos tremendo e os pés dormentes...
Foi lindo o reencontro da minha melhor parte, da minha parte, da minha alma com meu músculo pensante, com meu coração tão leve e cheio de vontade de rever de forma inteira os raios que o mantiveram vivo.
Muitos raios entraram pela gretinha. Várias paixões platônicas. Nenhum amor, porque ele ainda estava confuso demais. Mas uma paixãozinha ficou martelando nele, o deixando inquieto. E minha alma hoje busca essa errante irmã por aí. Já a encontrei, mas a perdi!

Espero que minha irmã de alma não tenha se perdido de mim pra sempre, pois se ela anda por aí distraída, ela pode se esquecer de mim... pouco tempo e longas distâncias... mas meu coração é prova viva e fiel de que pequenos raios de sol salvam qualquer um de situações adversas.
Espero sim pela minha irmã de alma, pois eu preciso muito dessa parte que me aceite como eu sou. Que me deixe ser o melhor de mim e não o pior que posso ser...

E enquanto penso e repenso minha conversa de hoje a tarde, lembro que anda por aí uma alma que tem poder sobre a minha... justamente porque não consegui enxergar além e isso me causa certo calor, mesmo sem ter os raios de sol em meu coração...



Calor esse, que me aquece em noites frias como a de hoje. Posso nem ser a alma irmã daquela que vaga por aí, mas só de saber que posso ser, já me acalenta a alma e aquece bem aquecido o coração...

sábado, 23 de abril de 2011

Elizabethtown, Caio F. Abreu e eu ...

Claire: Por que você vive me dando fora se a gente nem está junto?


Drew: A gente não está junto?


Claire: Não! Somos pessoas substitutas, esqueceu?





- Elizabethtown -








"Lá está ela, mais uma vez. Não sei, não vou saber, não dá pra entender como ela não se cansa disso. Sabe que tudo acontece como um jogo, se é de azar ou de sorte, não dá pra prever. Ou melhor, até se pode prever, mas ela dispensa. Acredito que essa moça, no fundo, gosta dessas coisas. De se apaixonar, de se jogar num rio onde ela não sabe se consegue nadar. Ela não desiste e leva bóias. E se ela se afogar, se recupera. Estranho é que ela já apanhou demais da vida. Essa moça tem relacionamentos estranhos, acho que ela está condicionada a ser uma pessoa substituta. E quem não é? A gente sempre acha que é especial na vida de alguém, mas o que te garante que você não está somente servindo pra tapar buracos, servindo de curativo pras feridas antigas? A moça.. ela muito amou, ama, amará, e muito se machuca também. Porque amar também é isso, não? Dar o seu melhor pra curar outra pessoa de todos os golpes, até que ela fique bem e te deixe pra trás, fraco e sangrando. Daí você espera por alguém que venha te curar. As vezes esse alguém aparece, outras vezes, não. E pra ela? Por quem ela espera? E assim, aos poucos, ela se esquece dos socos, pontapés, golpes baixos que a vida lhe deu, lhe dará. A moça - que não era Capitu, mas também tem olhos de ressaca - levanta e segue em frente. Não por ser forte, e sim pelo contrário... por saber que é fraca o bastante para não conseguir ter ódio no seu coração, na sua alma, na sua essência. E ama, sabendo que vai chorar muitas vezes ainda. Afinal, foi chorando que ela, você e todos os outros, vieram ao mundo."



-Caio Fernando Abreu -





Renoir- La Conversation -1878 - National Museum




Lendo Caio F. de Abreu recordei de um dos meus filmes favoritos: Elizabethtown. Não me vejo como substituta, pois busco meu lugar na vida das pessoas... "Impossivel de esquecer e difícil de lembrar" é um lema que me define em muitas situações, mas também é o lema daqueles que são considerados substitutos.



Me considero um pouco a moça que Abreu descreve. Apesar da minha frieza disfarçada muito bem com a comédia e o desdém da fala, não me importo de quebrar mil vezes a cara, por me jogar nas asas de uma borboleta em chamas. Quantos amores já tive? Inúmeros amores, de vários tipos e sabores... mas não me perguntem por quantos amantes... ah, porque esse número não é o mesmo dos amores.





Mil amores, uns poucos amantes...





Meu estado é mais complexo do que eu imagino e descrevo. Não sou substituta e nem quero, não sou volúvel como a paixão, apesar de seguí-la com ímpeto, mas já morri por amor tantas vezes que meu músculo pensante é como uma"Fênix" reluzente: queima, esquece e renasce.





Do platônico ao real, já tive. Da fantasia a atração, já tive. Dos olhos azuis, verdes, castanhos e cinza, já mergulhei. Mas do encantamento, nada sei.



Se me perguntarem hoje como me sinto, digo apenas "encantada". Pelo o quê ou por quem? Não sei dizer, porque não consigo decodificar nada. Só sei dizer que anda por aí nesse mundão de Deus uma alma que tem poder sobre a minha. Uma alma que quando toca a minha, faz meu controle se perder, faz minha mente travar e meu coração acelerar de tal maneira, que penso que vai voar como mil borboletas azuis.



Estar encantada como estou é bom, é muito bom. Andar distraído com o mundo é bom, se jogar nas asas de uma borboleta em chamas é bom, quebrar a cara que não é... mas se eu não arriscar, o encantamento pode acabar e eu nunca, nunca ter experimentado o gostinho verdadeiro desse sentimento que me toma inteira, desse encantamento que me tira o pensamento.



Verdadeiramente dizendo, há uma alma por aí que tem domínio sobre a minha...

Renoir-Young-Man-In-The-Forest-Of-Fontainebleau-

domingo, 17 de abril de 2011

#SoyLocoPorTriAmerica


Ahhh!!! Como é bom ser cruzeirense! O dia já nasce mais azul, mais bonito! Problemas existem sim, mas esses problemas nem chegam a ofuscar a beleza do céu azul e branco e do sentimento de felicidade que toma seu corpo inteirinho!


Sim, amo o Cruzeiro e sou apaixonada por futebol, desde sempre. Engraçado que pensei que seguiria um caminho e fui pra outro. Quase fui jornalista... imaginem! O meu sonho seria seguir o Cruzeiro por todos os cantos desse mundão de Deus... Mas meu destino mudou e cai nas garras de Clio. Não foi uma decisão difícil também não, porque minha alma tem um lado histórico que foge a razão... enfim... Sou apenas mais uma dentro da nação azul que move esse estado lindo de Minas Gerais, partes do Brasil, da América e do mundo!!!


Confesso que não sou uma torcedora muito normal. Todo mundo fala que entendo de futebol, mas não reconheço posições. Aprendi tem pouco tempo os esquemas 4-4-2, 3-5-2 e os outros todos... posições de nome "alas", "volantes", "ponta avançado" não entram na minha cabeça e não adianta, me explica hoje, amanhã já não lembro. É bom ter memória fraca apenas para algumas coisas, rs...


Mas esse texto nada a ver é apenas pra dizer que mesmo eu amando futebol e não entendendo muito bem como ele funciona, na prática, isso não interessa muito. Pra mim, o conjunto leva ao resultado. Se o que estou vendo não tem um resultado prático, já não serve. Me chamam de radical demais, sou sim. Pra mim o time tem sempre que melhorar, pra mim, o Cruzeiro tem que ser sempre o melhor, apresentar sempre um bom futebol e não um futebol mediano.


Muitos afirmam que se ganhou já tá ótimo. Pra mim não tá não. O Cruzeiro tem que ganhar SIM, mas ganhar com um BOM FUTEBOL, trabalhando em equipe como uam orquestra, tratando a bola com todo o carinho do mundo. Sem se esquecer, CLARO, que o futebol é ganho DENTRO DE CAMPO e não fora dele.


Não gosto dessas conversinhas de torcedores. Isso pode soar meio ambíguo, mas é verdade. Eu só vou "zuar" meu adversário após o jogo. Nem venha dizer que tem que ser antes porque depois perde a oportunidade. Pode até ser... mas prefiro me resguardar. Por isso que não sofro com tantas piadinhas quando o Cruzeiro perde, dois motivos: O Cruzeiro dificilmente me faz tanta raiva e os adversários me respeitam... e olha que quando ganha, sou muito chata.


(na verdade, sou sempre chata, rs).


E hoje somos os primeiros da América!!! É uma sensação plena de dever cumprido! O sonho de ser tri campeão aumenta a cada instante que precede os jogos, que são batalhas intermináveis a partir de agora. Desse momento em diante, não há favoritos a taça, e é ai que mora o perigo e o fascínio pelo futebol.


Hoje podemos concretizar na tabela do Mineiro o Primeiro Lugar também. Espero que sim, espero conseguir a vitória sobre o Uberaba e jogar com a vantagem dos jogos iguais. E o Cruzeiro tem obrigação de ganhar. Na verdade ele SEMPRE TEM OBRIGAÇÃO DE GANHAR.


Não se pode acreditar em tudo o que se ouve por ai. Andaram dizendo que o Cruzeiro é o Barcelona das Américas. Tá boa né. Sejamos realistas. O Cruzeiro é mara, tem um bom elenco, mas tem carências fortíssimas na zaga. Se o Cruzeiro não melhorar essa zaga não há Fábio que salve por muito tempo. E acreditar que somos o Barcelona da América é me zuar né!


PORQUE O BARCELONA QUE É O CRUZEIRO DA EUROPA!


:-)


AVANTE LA BESTIA NEGRA DO CONTINENTE!!!!

SUPERANDO TUDO VAMOS CHEGAR AO OBJETIVO FINAL:

LIBERTADORESSSS, SER CAMPEÃO!

MINEIROOO, SER CAMPEÃO!

BRASILEIROOOOOOO, SER CAMPEÃO!


QUERO TUDO, QUERO TUDO!

E PODEMOS TER TUDO!

BASTA ACREDITAR, BASTA JOGAR COM RAÇA E MELHORAR A ZAGA ;) !

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Considerações ...


Quando se começa um relacionamento, ambas as partes não pensam no final. Tudo é o infinito de cores, sabores, desejos. A paixão domina cada pedaço de seu corpo, cada milímetro do seu pensamento. Muitas vezes omitimos nossos piores defeitos para não fazer a pessoa amada debandar. Outras tantas nos transformamos no melhor que podemos ser, porque encontramos alguém que nos ajuda a crescer, em vários sentidos da vida.

Há várias formas de amor, assim como há várias formas de relacionamentos. O amor nasce muitas vezes do encontro de dois corações semelhantes ou de duas almas completamente diferentes. Na verdade, não escolhe. Muitos podem pensar que estou descrevendo o sentimento da paixão, aquele sentimento que cega a alma, que nos faz cometer loucuras que em sã consciência não faríamos. A paixão não deixa de ser um estágio do amor. Um estágio que nunca deve ser abandonado deve ser sempre revisitado, porque se for esquecido, o amor derroca. E quando se termina um relacionamento? Há aqueles que dizem que não amaram, porque estavam cegos, que viveram um hiato em suas vidas. Outros dizem que foram os melhores anos compartilhados, de experiências e lembranças eternas. Nos dois casos, o amor se transformou. Ah... O amor quando entra em derrocada é tão triste e dolorido... Essa derrocada vem da falta de paixão, da falta de companheirismo, de carinho, de admiração. O amor se transforma quando você já não consegue olhar o outro com aquele carinho imensurável, quando o respeito é maior do que o sentimento de pertença. Sim, o respeito é vital em qualquer relacionamento da vida. Quando falta o respeito é sinal de que as coisas não podiam ter caminhado para onde caminharam. E muitas vezes aqueles que terminam um relacionamento dizendo que foi um hiato em suas vidas, não respeitaram ou não foram respeitados na relação. Perguntam-me o que seria esse respeito. Respeito à individualidade, a liberdade, respeito à pessoa do outro. Infidelidade é mais a quebra desse respeito do que atração física. E quando esse estágio acontece, poucos amores sobrevivem. O amor não acaba do nada, ele se transforma. Transforma em amizade, quando ainda há aquele resquício de admiração e respeito pelo outro que compartilhou sua vida com você. Ou se transforma em inimizade, raiva, rancor, quando já não há mais sinais daquilo tudo que um dia, fez você se apaixonar e por fim, amar. Há vários tipos de relacionamentos, há vários tipos de amores. Nenhum amor é igual ao outro, e cada um trás um pouco de aprendizado e leva algo da gente quando termina. Apagar lembranças não é um bom caminho. Recordar lembranças também não. Tudo o que vivemos faz parte do que somos e do que ainda vamos ser. Sua essência não muda, recebe influências. Mas quando você passa a perder o que você é de verdade, é hora de romper com tudo o que te faz sentir mal. Muitos acham que a felicidade se resume em compartilhar um amor. Sim, a felicidade é muito amor compartilhado, mas até que ponto você sacrifica sua felicidade por um amor que não te respeita como você é de verdade? Buscamos esse amor eterno, esse amor que tudo enfrenta e tudo derrota. Buscamos esse amor de salvação de nossas almas conturbadas pelo cotidiano latente e maçante. Mas na verdade, buscamos aquele amor de perdição, aquele que nos faz perder a razão, que quer fazer você largar tudo em uma tarde cheia de trabalho e sair correndo para comprar flores ou simplesmente deixar cair uma lágrima de saudade. Buscamos o suspiro doce na ausência amarga, buscamos contar as horas para que o dia logo termine e para que a noite ocasione um encontro de almas. Buscamos a salvação de nossos corações naquilo que chamamos de perdição. O amor que buscamos é aquele que faz você ser o melhor que pode ser, e não aquele que te transforma em algo que você não é. O amor que buscamos é aquele que te faz sorrir quando a situação é trágica, é aquele amor que faz você sair na rua e nem se quer notar o que se passa ao seu lado. A paixão é um ponto importante nisso, porque é ela que queima a primeira vista. Ambígua é a paixão, pois sozinha ela não leva ao amor, mas sem ela, o amor não perdura. Há de se ter o coração vazio para buscar novos caminhos. Se ainda tem lembrança ardente ou vontade de apagar tudo, ainda se tem amor, mas se há lembrança carinhosa, porém finita, é hora de se abrir para os novos caminhos da vida, pois nunca se sabe o que o destino nos reserva. Há de se ter coragem também, para enfrentar as conseqüências de uma paixão, as querelas de um amor. Pois o destino, que é a vida que levamos, tem pressa, pois o fio pode ser cortado a qualquer momento e você não ter amado verdadeiramente...

terça-feira, 5 de abril de 2011

La cible et le feu ...




As Parcas -William Blake-1795. bico de pena e aquarela sobre papel tate-gallery-londres




Tecendo o destino com fogo. Assim pensava quando escrevia há tempos atrás. Pensava que o alvo a se alcançar deveria ser alcançado a ferro e fogo, queimando em brasa e arrasando com todos os obstáculos que surgissem... Assim pensava... ás vezes penso, outras tantas, esqueço.


O destino vai além... Há quem diga que não se pode pensar em destino, porque a História perderia o sentido. Será? Assim como Clio, as Moiras também são mitológicas, são esssas Moiras que tecem nosso destino, que não foge a história e ao curso natural da vida: todos nós nascemos, crescemos e morremos. E a linha tênue que separa esses momentos estão nas mãos delas.

São as três irmãs que produzem o fio a ser desenrolado e por fim, cortado. Nada acontece fora desse curso. Cloto, a fiandeira, representa a que tece a teia da vida; Láchesis, a que distribui a parte que cabe a cada alma e, Átropos, a que cortava o fio da vida.

As Parcas, 1587. Jacob Matham. Holanda, 1571 -1631. Gravura-em-metal-museu-de-arte-do-condado-de-los-angeles-eua



Curiosamente, essas três irmãs são representadas como velhas ou por mulheres com feições duras. Acho que tecer o fio da vida de cada mortal - tb de cada deus grego - era uma grande e penosa responsabilidade. Até hoje o é. E elas o tecem, ás vezes de forma dura, impetuosa, outras tantas gentil e maravilhosa. O diabo dessa vida é isso, ter um único caminho e uma única vida. Pensar que três mulheres tecem o destino e que ele, aliado as forças cósmicas do universo conduz nossa vida dá medo. Outras tantas, enche de esperança.

O destino é o fogo que queima cada pedaço de nossa alma, que busca uma resposta para nos dar consolação, para acalentar nosso coração, para deixar a vida menos rígida. Se não era pra acontecer, é destino. Pensar isso é falta de capacidade. O destino existe, as Moiras existem, estão a tecer. Mas qualquer um que tem boa vontade e coragem pode tomar o fuso e re-tecer sua história, mesmo com todos os cães do Hades ladrando. Há que ter coragem pra mudar, e é essa coragem que muda o fio do destino.

Nas nossas mãos temos as Moiras. São elas que tecem, mas somos nós que guiamos suas mãos, querendo ou não, somos deuses também e podemos cortar e remendar, podemos queimar e renascer como a fênix. Sou filha de Clio, mas também sou prima das Moiras... e sou eu. Posso o que quiser, até o dia em que Miguel venha pesar meu coração e como Anúbis, decidir se meu coração é mais leve que uma pena. Aí sim, nesse dia, meu destino já não estará mais em minhas mãos...

Seguidores