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"O diabo desta vida é que entre cem caminhos temos que escolher apenas um, e viver com a nostalgia dos outros noventa e nove." Fernando Sabino

domingo, 15 de maio de 2011

Despedida.

"Não sou muito boa com sentimentos. Nunca fui. Me engano facilmente, caio em armadilhas feitas pelo meu coração, sobretudo as que são armadas pela minha racionalidade tão visceral. Não gosto de ser assim, preciso aprender a não pensar e agir. Preciso também aprender a pensar e não agir. Como assim? Já disse que não sou muito boa com essa coisa. Me engano facilmente. Quantas vezes acordei e me olhei no espelho e disse: Você está errada, Eleanor. Você não sabe de nada. Realmente, não sei de nada e não tenho muita vontade de saber.
Gosto dos meus erros de principiante, gosto mesmo. Sou louca? Acho que sim, porque gosto simplesmente do gostinho salgado de minhas lágrimas e do doce mel do meu sorriso, e quando as duas coisas acontecem ao mesmo tempo, me encontro em estado de graça.
Estranha moça. Quantas vezes já me disseram isso? Acho que agora eu tenho que pagar meus pecados por ter sido assim, meio racional com inúmeras pessoas. Mas acho que tenho meu lugarzinho ao sol justamente porque eu também soube cativar meus pares. Poucos, sei, mas fiéis.
Não sou boa com sentimentos. Minha razão não me deixa escolha, ou é ou não é. Odeio joguinhos sentimentais, odeio porque não sei jogar. Odeio essa minha racionalidade fria. Mas que muito me salva. Odeio o que me salva, por mim, me jogaria um milhão de vezes nas asas das lindas borboletas azuis, e se elas queimassem, cairia no infinito... Morreria? Talvez sim, talvez não... Sobreviveria? Com certeza.
Mas não consigo... cada passo pra frente, volto dois. Já perdi o que me encantava simplesmente por algumas palavras. Não sei se a culpa é o do tempo, da distância, do vento ou da memória, entretanto eu sei que algo se perdeu em mim e quando isso acontece... tenho receio do que posso chamar de fim.
Estranha moça... já me disseram. Estranha porque não fala e quando fala, fala demais. Estranha porque não demonstra sentimentalismo, e quando demonstra, é a ultra romântica do século XIX. Estranha apenas por ser uma parte que não queria ter em mim. Sou o paradoxo perfeito do claro e escuro, da razão e da sensibilidade. O equilibrio é minha busca, pois sempre tendo a cair para um dos lados...

Hoje sei que acordei caída do lado racional. Aprenda comigo, lado emocional: Sentimentalismo exacerbado ficou há dois séculos para trás...
Busque sim, novos ares, novos amores e novos engenhos.
Mas páre de se arriscar tanto assim, porque a minha racionalidade não tolera mais sua emoção gritando e gritando. É hora de alguém assumir o controle.

Adeus Eleanor, você fica aqui guardadinha. A Kellen voltou."

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