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"O diabo desta vida é que entre cem caminhos temos que escolher apenas um, e viver com a nostalgia dos outros noventa e nove." Fernando Sabino

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Madrugada.

Penso no buraco fundo da minha alma.
A gente corre, a gente se mata,
mas nada vale a pena.

Nem o amor.

Porque ele é tão inconstante
como a água que cai do céu,
uma hora benção, outra desastre.

Nem o amor.

Ele me salvou um dia,
no outro me mostrou o quanto
somos frágeis.

Nem o amor protege a gente da gente.
É um buraco fundo,
a gente corre, a gente se mata,

pra nada.

E no fundo a gente sabe,
no fundo a gente sempre soube,
que não valia a pena.

Nunca valeu a pena.

Enganam-se todos,
Enganaram-se todos.
O sonho nunca foi real,

Eu que imaginei demais,
Nem o amor era amor,
Era carência (do outro) demais...

Por isso a demora de palavras tão simples,
de afetos tão generosos,
de uma entrega real.

Nem o amor.

Restam-me as fotos e as lembranças,
aquilo que recorta a alma e que afunda
a gente ainda mais no buraco,

Já não tenho mais medo da solidão,
lido bem com ela,
Antes só, que mal acompanhada.

Sempre dizem que as horas mais escuras
antecedem o amanhecer.
Estou nesse minuto, nessas horas,

Mas hei de vencer,
e reerguer e sorrir
e dizer

Sim ao amor.

Mas não agora,
não nesse minuto.
Quebrou-se o encanto,

A sonhadora acordou.
Mundo real lá vou eu,
Até cair novamente.

E que eu caia certeiramente
em um sorriso mais sorriso
e em um olhar mais sincero.




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