Se a cada hora que passa,
A ilusão aumenta e a lentidão recai,
Descubro que esse peso já não me pertence,
Que essa dor não pode corroer mais.
Cada passo é um desconsolo,
Pois já podia ter acabado,
Mas prossegue assim, arrastado,
Como um moribundo em busca da tumba.
Já não são mais horas mortas,
Já são dias mortos,
Sem futuro, sem presente, sem passado.
Cada hora que passa aumenta
a agonia de ter que saber que
o amanhã já foi partido,
desistido,
morto e enterrado.
Se o futuro não existe,
Jogo fora, mesmo a duras penas,
Esse presente que falseia esperanças
de dias eternos.
Cada hora que passa é um lamento.
Desisto desse presente,
É hora de mudar o futuro,
Afinal faltam apenas vinte dias
Para meu ¼ de século...
Becos da antiga Vila de São José |
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